De tal maneira encontrou em mim o que não havia de ser encontrado. Encontrou a falta, portanto, e ali se fez presente. Pensou que a presença bastava, sorriu e correu memorizando seu domínio. Sentou e dormiu em colo aquecido, tácito, mas firme. Sentiu-se seguro, pronto a exigir. Esqueceu-se de quem era eu, do meu eterno não-fim, de minha permanência em mim mesma. Esqueceu-se de que em mim não há nunca o sempre, apenas a inexistência do tal ponto final.
Laís Leite
2 comentários:
às vezes encontramos coisas onde não há coisas. talvez ele não tenha encontrado. encontrar a aussência é triste.
"apenas a inexistência de tal ponto final".
Eu lembrei da lispector e a GH,"eu, prefiro manter sempre uma aspa à esquerda e à direita de mim".
Mas a viagem psíquica correu solta aí num foi?
Postar um comentário