Foram ficando miúdos os olhos
Cada vez menores e menores
Pequenos a ponto de não mais ver
De esvair-se o mundo no escurecer
Com eles já inexistentes
Senti o óbvio tão buscado
O mundo todo com mais vida
A vida toda sem passado
Que azar o meu, que final!
Abri os olhos sem querer
Desejei não estivesse tudo igual
Mas que engano, pobre de mim!
Vieram as cores, massacre de luz
E então não havia tanta vida assim
Laís Leite