quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Da estrada (ou O nEuFrágil)

O que tem a estrada, que te deixa a esperar
Não só pelas palavras, pela dança e pelo ar
Tu esperas a partida de quem nem sempre te vê
Mas é o fim da estrada que tu esperas ter

Corre solta pelo vento a estrada
Nela correm não tão sós teus sentimentos
Te levantas e persegues as pegadas
Ainda que não as enxergue no cimento

Das vermelhas dores do passado
Nem te lembras, coisas dantes da estrada
Do tão claro verde fim que te aguarda
Fechas os olhos ao vazio que governa

Mas sendo intrínseca a ti a alegria
Que fizestes tu para a estrada alcançar?
Se nem ouvistes quando eles te disseram
Que antes fosse melhor naufragar

Mas é que nunca do mar gostastes, compreendo
E foges dele desde então
Mas aquelas águas límpidas e gélidas
Apenas no mar estarão

Que te voltes para a vida de outrora
E te permitas navegar em alto mar
E que te percas mar a fora pelo mundo
E à estrada nem penses em voltar


Laís Leite

2 comentários:

Anônimo disse...

tão lindo! :D
:**

crap disse...

"Que te voltes para a vida de outrora
E te permitas navegar em alto mar
E que te percas mar afora pelo mundo
E à estrada nem penses em voltar"

que assim, seja.