domingo, 28 de setembro de 2008

Como se faz poesia em dois

Dois momentos distintos, distantes
Dois segundos alterna-os num verso
Dois destinos comuns, é certo

A dualidade e seu compasso (des)conserto
Da aquarela retira vida movimento
E do movimento atiras luz ao pensamento

É do sonho que lhe tomam as idéias
Que escreves no papel à tua frente
Vês no traço passo laço pro infinito
Envolvendo estrelas nuas nas palavras do vazio

O que buscas não é amor ou sofrimento
É a conclusão do momento, o escrito
Faz do ponto seguro porto de sentidos
E dos sentidos, todos os seus instantes.

Faz da alma alegria cristalina
Transparecendo seus mais profundos desejos
Toma posse de sua pena e declina
– no mar suave de linhas transbordantes –
Não só a vida, de alheio dono
Como o que lhe é alheio em sua própria vida



Laís Leite / Mário da Mata

3 comentários:

Anônimo disse...

gostei bastante!
:D

beijos!

crap disse...

não é amor ou sofrimento
é a conclusão do momento.

é sim.
legal legal, ^^

Unknown disse...

comentei lá no mario :D
gostei do jogo de palavras
=**