terça-feira, 14 de outubro de 2008

Arritmia

Não há mais rima
A perdi em algum verso por aí
O que há são sentidos, sentindo
Não só o que sinto, mas tudo quanto se possa sentir

Já não sinto a mesma sede de amor
Nem pelas palavras, perdão
O que me cabe são tormentos inquestionáveis do ser
Lamentos externos a mim

E foi como disse: fugiram-me as rimas
Sobrou-me tanto quanto posso suportar
Dor – amor – não sou.


Laís Leite

4 comentários:

crap disse...

"Já não sinto a mesma sede de amor
Nem pelas palavras"

e eu tenho medo de me sentir assim

Laís disse...

é chato, pode crer.

Anônimo disse...

tbm tenho esse medo aí :/

adorei o poema, como sempre
;D

;* pequena!

Mário da Mata disse...

Esse primeiro parágrafo foi muito bem construído e coeso e eu achei a parte dos sentidos sentindo muito foda. Quanto ao segundo só não gostei do perdão (você entendeu, hehehehe) kkkkkkkkkkkkk
Agora o final ficou foda, pareceu que as coisas iam-se esvaindo. Bem esvaídas. Bem chegando ao nada. O nada que é muito cheio e de coisas vazias. Além do quê é uma pessoa dualmente vazia pelas duas coisas que a preenchem. Uma pessoa bioca. Será?