Se são as noites que trazem o tempo
que faço eu com o tempo de agora?
Não me diga que o amanhã vem
Não vem: sendo amanhã, amanhã não mais será
As horas que de gota em gota se vão
penso eu que retornam, vez ou outra
Cada lembrança é volta, estática promessa
é incessante perda do atual
E eu me lembro e não canso de lembrar
eu perco o tempo do dia que virá
Me recordo do que hoje já não é
Vivo o ontem, como quem amanhã não quer
E eu te vejo lá, regando o jardim
Serão lembranças ou desejo em mim?
Será o hoje, perdido no que foi?
Será a vida e seu ciclo do depois?
É mais que parda folha caindo em meu chão:
É a angústia do sempre, amém.
Laís Leite
Um comentário:
muitobom muitobom!!!
de resto, você já sabe o que eu penso, né?
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Beijo!
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