segunda-feira, 16 de março de 2009

Escreva.

Tu já não escreves
O que os outros bem não leem
Teu tinteiro colorido
Já não serve ao cru papel

Tuas mãos de tantas veias
Já não traçam sentimentos
Escondem-se em bolsos fundos
Por medo do constante tormento

E antes fostes fonte minha...
Agora não preenches meu pensar
Sou vazio, largo poço inerte
Sou anseio puro, inquietante pulsar

O dom é teu, amigo!
Escreva, pois, ao mundo
Escreva os versos amargos
Escreva a prosa gentil

Que espero para ler-te, querido
- desvendar teu caminhar
Que ao ler-te eu descubro, amigo
Quanto vale o despertar


Laís Leite

6 comentários:

Anônimo disse...

''E antes fostes fonte minha...
Agora não preenches meu pensar''
txaaaa :O

como sempre muito bom lah ;D
sutil e tal

beijo grande pequena!

Sarah disse...

"The same old fears." :/

"O dom é teu, amigo!
Escreva, pois, ao mundo."

O dom é teu! :)
;*!

crap disse...

se eu fosse o cara eu escreveria só por causa disso, véi.

mas às vezes falta inspiração. às vezes falta a vontade. às vezes falta sentimento.
ruim é quando sobra tudo isso e falta a vontade.

Anônimo disse...

é...escrever às vezes, simplesmente nao dá.
o dom fica atravessado na garganta.

Ludmila disse...

o dom acha as palavras insuficientes, também, sei lá... parece que a teia de palavras não faz sentido...

Mário da Mata disse...

"Tuas mãos de tantas veias
Já não traçam sentimentos
Escondem-se em bolsos fundos
Por medo do constante tormento"

Fooooda. escrever é foda mermo.


Eu gostei muito das duas primeiras estrofes, bem contruídas e bem poéticase matafóricas e essa coisas. A do meio também, só que eu achei mais light.
Particularmente as duas últimas não repetem muito o que eu esperava das primeiras, ficou meio que um faça vc memso, não sei. Foi a impressão que me deu. OO
Mas as últimas duas linhas meio que redimiram:

Que ao ler-te eu descubro, amigo
Quanto vale o despertar