Tu já não escreves
O que os outros bem não leem
Teu tinteiro colorido
Já não serve ao cru papel
Tuas mãos de tantas veias
Já não traçam sentimentos
Escondem-se em bolsos fundos
Por medo do constante tormento
E antes fostes fonte minha...
Agora não preenches meu pensar
Sou vazio, largo poço inerte
Sou anseio puro, inquietante pulsar
O dom é teu, amigo!
Escreva, pois, ao mundo
Escreva os versos amargos
Escreva a prosa gentil
Que espero para ler-te, querido
- desvendar teu caminhar
Que ao ler-te eu descubro, amigo
Quanto vale o despertar
Laís Leite
6 comentários:
''E antes fostes fonte minha...
Agora não preenches meu pensar''
txaaaa :O
como sempre muito bom lah ;D
sutil e tal
beijo grande pequena!
"The same old fears." :/
"O dom é teu, amigo!
Escreva, pois, ao mundo."
O dom é teu! :)
;*!
se eu fosse o cara eu escreveria só por causa disso, véi.
mas às vezes falta inspiração. às vezes falta a vontade. às vezes falta sentimento.
ruim é quando sobra tudo isso e falta a vontade.
é...escrever às vezes, simplesmente nao dá.
o dom fica atravessado na garganta.
o dom acha as palavras insuficientes, também, sei lá... parece que a teia de palavras não faz sentido...
"Tuas mãos de tantas veias
Já não traçam sentimentos
Escondem-se em bolsos fundos
Por medo do constante tormento"
Fooooda. escrever é foda mermo.
Eu gostei muito das duas primeiras estrofes, bem contruídas e bem poéticase matafóricas e essa coisas. A do meio também, só que eu achei mais light.
Particularmente as duas últimas não repetem muito o que eu esperava das primeiras, ficou meio que um faça vc memso, não sei. Foi a impressão que me deu. OO
Mas as últimas duas linhas meio que redimiram:
Que ao ler-te eu descubro, amigo
Quanto vale o despertar
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