Não te escrevo como verso
Amado, puro ou vazio
Tu és verso de carnes vermelhas
De saliva torpe, ainda que gentil
Se te escrevo à pena leve
Não te traduzo em teu igual
Sobram-te esguias mechas
Manchas do vindouro temporal
Se por ventura me perpassa teu olhar
Tal como ele se faz; como me vês
Ainda assim faltará o teu tom
De pureza desdobrada em ardis
Antes não te escrever como verso
Te olho, apenas; te conservo como és
De ti guardo o pouco que pode ficar
E não te levo sempre, deixo-te a me esperar.
Laís Leite
5 comentários:
"Antes não te escrever como verso"
e nem como prosa e nem com qualquer forma de eternizar qualquer coisa.
gosteei que só!
:*
Gostei do verso de carnes vermelhas. Pensei em um verso de carnes vermelhas... devo estar assistindo muito dexter... ou kill bill... eu estar com fome... Enfim, voltando ao poema:
Ele melhorou desde a última vez que voce me mostrou. Está bem escrito mas agora minha preocupação é outra. Agora, por ter sido revisado e tal, ele também ficou mais carregado.Com mais sentido. Bom que voce conseguiu se exprimir de uma maneira que também pôde ser compreendida. O problema é vc rebuscar demais. Você sabe que meu medo é um dia vc rebuscar demais os poemas. Esse ficou no ponto.
O tema e a sequencia lógica estão muito bons, não precisei ler duas vezes pra entender e tal. Talz e Talz. Bem escrito, bonitinho e o final foi inteligente. Muito inteligente. Gostei mesmo.
Bom trabalho aí, lah!
"Tu és verso de carnes vermelhas
De saliva torpe e gentil"
que lindo, Lah! :*!
faço das palavras do mário as minhas.
tá rebuscado, mas objetivo.
final inteligente, sequência legal...
tá foda!
vc é foda, laisinha!
beijomeliga.
Postar um comentário