Mudaram meus olhos
E os antigos verdes que eles viam
Mudaram as ruas, antes nuas
Mudaram de cor e trajeto
Agora me levam ao céu
Mudaram os olhos que vejo
Antes de aberto coração
Agora de carne negra
Tanto quanto a vida do meio
Sabes do meio? Não sabes...
Mudaram os olhos do mundo
De mocinho a bandido, talvez
Ou de falante a ouvinte
De sentimento a sentido
Sem perder o sabor do profundo, claramente
Mudaram meus olhos
Visto hoje um olho qualquer
Não qualquer um, posto que é meu
Mas é um qualquer, por ser de outros também
Ah! Ele se dá! E não adianta pedir que não o faça!
Laís Leite
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