Só eu e o tempo. Parados, fingindo conversar. Eu lhe dizia o que queria, o que eu pensava; ele apenas me fitava de um modo que eu não podia compreender.
Eu lhe perguntava sobre meu passado, os erros e acertos que cometi. Perguntava sobre meu futuro, tudo que há por vir. E apenas um olhar enigmático recebia de volta.
Só eu e o tempo. Mais ninguém. Mas eu sabia que tinha que ir embora, mesmo que não tivesse passado nem um segundo.
Laís Leite
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