domingo, 22 de junho de 2008

Tarde

Agora é tarde
Tão tarde que posso até ver o sol
Palavras doces sem valor

Já foi-se o dia inteiro
E que posso eu fazer?
Não posso só parar o tempo
Não tenho o dom do alento,
se me entendes

Tarde para que venham as dúvidas
Que há agora?
Já não valem mais as lágrimas

Não existe o tempo que se foi
Não fui eu a escolher
Nem tu, bem sei
Foi a chuva, tão silente que veio
sem chances de redenção

De baixar a cabeça se ganha pena
Mais certo caminhar e sorrir
ainda que o sorriso não seja verdadeiramente seu.


Laís Leite

Nenhum comentário: