domingo, 22 de junho de 2008

de 4 títulos impublicáveis.

Se me contas tão belas histórias acerca do amor
Se me dizes quão belo é amar
Se me olhas com tais apaixonados olhos
Não poderias então me provar?

Mas não apenas a existência do amor, que dela não duvido
Nem também as delicias de ser amada, delas já provei
Tampouco seria sensato mostrar-me a felicidade que ele tem
Já sou feliz

Mas prove-me que não há vida sem amor
Como dantes eu supunha
Mostre-me que não há saída sem ele,
não há chão sob meus pés

Venha, sim, e me leve para onde julgares necessário
Irei
Tome-me pela mão e faça-me sentir que não há nada mais prazeroso que ser amada
Pois já não é o que sinto

Sim, arraste-me sobre seus pés e dance comigo ainda que eu negue
A música do falado amor que embala a tantos
Hei de sentir tal prazer!
Apenas dance e deixe-me buscar o infinito...

Ah! És necessário à concretização de meu desejo
E meu desejo parte de tua vontade de provar-me o irreal
Já não me parecem tão insensatas tuas palavras
É do sonho que me vem tal tranqüilidade

E se não conseguires o feito
Que hei de fazer?
Continuar na penumbra do não-amor, do eterno não-ser
Mas feliz, como sou, não seria?

Perderia então a alegria constante
Em vista de tal decepção
Se não há verdadeiramente amor
Que há, senão ilusão?

Pois que desisto da jornada!
Que fique eu em paz na minha ignorância
Que não haja jamais o amor para mim
Nem suas dores e esperanças.

Laís Leite

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