sábado, 21 de junho de 2008

Idiossincrasias

Eu sou uma criança.
Reconhecer-me como criança apenas reafirma o fato de sê-la.
E viver como uma, será que vivo?
E sentir as cores como pássaros, que vêm de lá pra cá, que mudam, transmutam e encontram uma idéia inicial... Seriam as cores sentidas e ouvidas por mim?
E os ventos! Brisas e tornados de luz e energia que as crianças temos.
Vozes cantantes que embalam a todos em inebriante sono... Papéis pintados em linhas diferentes do preto, do branco, do cinza. Diferentes dessas linhas que agora traço.
Ainda serei criança?
Mas e essa voz? Que faz ela aqui dentro se descubro que não?
Que faz ela, senão afirmar-me e gritar em meus ouvidos que sim, que eu pule e faça o que quiser, assim como crianças, ora!
Pois adultos não têm coração. E eu tenho. Eu sou criança, descobri-me criança.


Eu sou um traço; um marco no mundo.


Laís Leite

Um comentário:

chico disse...

^^
vamos brincar na lama quando chover?